domingo, 22 de novembro de 2009

continuando na cópia /// toujours dans la copie

{                                                                                      }

Mathilde Monnier
Durante a semana seguinte continuamos o trabalho da cópia, um exercício de concentração muito árduo. Mathilde M. acredita que não existe cópia sem interpretação e eu concordo com ela, pois nesse exercício por mais perfeição que eu investigasse o trabalho foi se mostrando cada vez mais difícil. Penso que esta dificuldade é exatamente a necessidade da interpretação.

Nesta semana trabalhamos no Bagouet, o maior studio do Centre Chorégraphique, é nele em que acontecem as apresentações de espetáculos. (tive a oportunidade de assistir a alguns da programação do Festival Montpellier Danse: http://www.montpellierdanse.com


Então tivemos a oportunidade de ir além, pudemos começar a projetar idéias mais arriscadas [tecnicamente], começar a pensar em iluminação, projeção, etc. No momento em que já estávamos num grau mais elevado de cópia, Mathilde nos deu a próxima indicação: transformação da cópia!
Como se apropriar deste material coreográfico copiado ao ponto que ele se torne seu? 
E dentro da proposta do "desloco em corpo e imagens", eu continuei na perspectiva da cópia, porém, substituindo seus elementos originais por elementos próprios ao meu mundo, ao meu corpo, ao meu tempo e espaço. Minha intenção com esta investigação é entender quais deslocamentos são trazidos apenas pela mudança do contexto.


Além do trabalho com Mathilde, nos últimos dias de trabalho nós tivemos três conferências com Julie Perrin [professora e pesquisadora da Universidade Paris 8]:
"cunningham e os dançarinos pós-modernos: influências recíprocas"
"coreografia e cinema experimental em nova iorque nas décadas de 60 e 70"
"estar em cena: o lugar do público, o espaço do espectador"

Estas conferências foram especialmente interessantes, pois as questões abordadas por Julie Perrin sempre me afetaram e direcionaram o meu trabalho, seja teórico, seja prático. Através destas conferências pude ir além do senso comum o qual me colocava antes, a especificidade histórica da pesquisa de Julie Perrin me proporcionou um aprofundamento teórico. Acredito que estes novos conhecimentos, mais específicos e aprofundados me dão a possibilidade de atuar no campo da criação coreográfica com menos ingenuidade, em todos os sentidos. Mesmo quando surge a necessidade de repetir algo que aconteceu na década de 60, acredito que é muito importante ter a consciência deste fato e de seus desdobramentos, não para se frustrar criativamente, mas, pelo contrário.


{a primeira despedida} {le prémier depart}


Na sexta, dia 20 de novembro, nos despedimos de Belle. Coréografa e dançarina no Camboja - Asia, Belle Chumvan Sodachivy (24 anos) participou, como convidada, do EX.E.R.CE durante um mês. Juntas fizemos uma curta performance-exercício, proposta por Foofwa nas primeiras semanas, chamada CELL.

Conversando com ela um pouquinho antes da despedida ela me disse que foi uma experiência muito importante. Ela nunca havia participado de um atelier de criação coletivo, onde as pessoas partilhassem suas idéias tão abertamente, ela acredita que este fato é relacionado às diferenças entre as culturas, remarcando a tradição oriental de não se expor demasiadamente.
Todas as criações coreográficas de Belle partem do diálogo entre dança contemporânea e dança tradicional do Camboja. E a imagem, o vídeo, quando integra seu trabalho é freqüentemente utilizado como vídeo-cenário, no EX.E.R.CE foi a primeira vez que ela se deparou com as múltiplas possibilidades da imagem. E por isso a sua pretensão é de compartilhar no Camboja o conhecimento adquirido neste 1[um] mês de trabalho, pois este tipo de discussão ainda não são muito apontadas lá.


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Pendant la semaine suivante on a continué sur le travail de la copie, un exercice de concentration très difficile. Mathilde M. estime qu'il n'y a pas de copie sans interprétation, et je suis d'accord avec elle, car cet exercice, pour plus de perfection, il se deviens de plus en plus complexe. Je pense que cette difficulté est exactement le besoin de l'interprétation.
Cette semaine nous avons travaillé au Bagouet, le plus grand studio du Centre Chorégraphique, là-bas se passe les présentations de spectacles. (J'ai eu l'occasion de regarder certains de la programmation du Festival Montpellier Danse: http://www.montpellierdanse.com)
Ensuite, nous avons eu l'occasion d'aller plus loin, nous commençons à concevoir des idées plus risqués [technique], on a commencé à penser à la lumière, projection, etc. Au moment où nous étions à un niveau plus élevé de la copie, Mathilde nous a donné l'instruction suivante: la transformation de la copie!
Comment prendre possession de ce matériel chorégraphique copiés sur le point qu'il devient le vôtre?
Et dans la proposition du 'desloco em corpo e imagens', je suis allé dans la perspective de la copie, en remplacement de les éléments d'origine par d'autres spécifiques à mon monde, mon corps, mon temps et l'espace. Mon intention avec cette recherche est de comprendre les changements qui apparait avec ce nouveau contexte, le mien.
On a eu aussi trois conférences avec Julie Perrin [professeur et chercheur à l'université Paris 8]:
"Cunningham et les danseurs postmoderne: influences mutuelles"
"Chorégraphie et le cinéma expérimental de New York dans les années 60 et 70"
"Être sur scène: la place de l'espace public du spectateur"
Ces conférences ont été particulièrement intéressantes parce que les questions abordées par Julie Perrin m'ont toujours touchée mon travail, théorique et pratique. Grâce à ces conférences j'ai pu aller au-delà du sens commun que j'ai me mis avant à cause de la spécificité historique de la recherche de J. Perrin. Je crois que ces nouvelles connaissances, plus précis et détaillés, ils me donnent l'opportunité de travailler dans le domaine de la création chorégraphique avec moins d'ingéniosité dans toutes les directions. Même si j'aie le besoin de répéter quelque chose qui se passait dans les années 60, je crois qu'il est très important d'être conscient de ce fait et ses conséquences, de ne pas être frustré de façon créative, mais bien au contraire.


{le premier départ}
Le vendredi, 20 novembre, nous avons dit au revoir à Belle. Chorégraphe et danseuse au Cambodge - Asie, Belle Chumvan Sodachivy (24 ans) a participé comme invité d'EX.E.R.CE pendant un mois. Ensemble, nous avons fait une performance, un court exercice proposé par Foofwa pendant les premières semaines, appelé CELL.
On a parler un petit peu juste avant l'adieu, elle m'a dit que c'était une expérience très importante. Elle n'avait jamais participé à un atelier de création collective, où les gens partagent leurs idées ouvertement, elle croit que cette situation est liée aux différences entre les cultures, en insistant sur la tradition orientale de ne pas exposer trop.
Toutes les chorégraphies de Belle font un dialogue entre la danse contemporaine et danse traditionnelle du Cambodge. Et l'image, la vidéo, au moment d'intégrer leur travail est souvent utilisé comme un scénario de vidéo. Au EX.ERCE c'était la première fois qu'elle a rencontré les multiples possibilités de l'image. Et maintenant son objectif au Cambodge est de partager cettes nouvelles connaissances, car ce genre de discussion ne sont pas encore très réalisées là-bas.

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