sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

número deslocado :::: numéro decalé



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esta semana os nossos números musicais foram deslocados tanto para o espaço urbano quanto para o vídeo. 

a maneira de abordar esta 'transposição' foi muito diversa no grupo, todos tinham a tarefa de 'realizador', ou seja, desenvolver um roteiro e um trabalho de câmera, o que o permitia transformar 'quase' que absolutamente a proposta inicial do 'performer'. o fato de estarmos trabalhando num estado de urgência me instigou a trabalhar com o mínimo, um espaço público, a performer 'Bahar Temiz' [Turquia] e o seu objeto de cena [esqueleto/fred]. o meu objetivo através destas escolhas foi preservar a espontaneidade tanto do encontro entre corpo e câmera quanto a própria estrutura da performance/número original, além de entender quais demandas surgiriam neste diálogo e como eu (enquanto realizadora) as solucionaria. a princípio meu colega de trabalho Boris Hennion seria meu assistente (fora de campo), porém eu resolvi que sua assistência se desenvolvesse em cena (dentro do campo) me valendo do personagem que ele vem desenvolvendo em sua performance/número pessoal. através desta ação, aparentemente simples, toda a estrutura de trabalho se transformou, o fato de trabalhar com três corpos me possibilitou uma câmera mais flúida, onde a transição entre um quadro e outro se estabelece principalmente no deslocamento destes corpos no espaço. outro aspecto interessante neste exercício foi perceber como esta ação [deslocamento para a rua] interferiu no espaço público, como os diversos corpos [câmera/performers/transeuntes] se comportaram diante do inusitado, e como, mutuamente, o espaço público atuou na performance estabelecendo-se não apenas como cenário, mas como ambiente.
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