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Esta foi a nossa última semana de trabalho durante o módulo sobre Merce Cunningham. Nesta segunda semana demos continuidade aos estudos de vídeo para dança com Charles Atlas. O objetivo deste segundo momento foi entender o movimento da câmera, experimentar suas perspectivas. O tempo de trabalho nos levou a um estado de emergência, decisões tomadas rapidamente, e isto se refletiu bastante na estética do vídeos.
Nós também tivemos a oportunidade de trabalhar com Lisa Nelson, artista precursora [junto à Steve Paxton] no desenvolvimento da técnica 'contato e improvisação' em 1962. Lisa é videasta, além de "dance-maker" e performer em improvisação, tendo iniciado seu trabalho em vídeo na década de 70. Em seu ateliê ela nos propôs diversos exercícios de atenção aos sentidos, principalmente para o olhar e a escuta, esta abordagem em dança, chamada de 'Tuning Scores', vem sendo desenvolvida por ela há muitos anos.
A abertura ao diálogo foi algo que me encantou nos ateliês de L. Nelson, com bastante generosidade ela nos propunha diversas reflexões sobre a atenção que temos com nosso corpo e com nossos movimentos, nos falou das escolhas invisíveis: "Como morar no movimento?". A cada dia fazíamos um 'warming up' diferente logo no início do curso, uma espécie de mapeamento que nos levaria a um caminho possível, um estado corporal. O trabalho com Lisa foi uma experiência muito forte para mim, me apontou o quanto arte e pesquisa são caminhos entrelaçados e contínuos.photos de Cécile Guillaume:
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